Estar no asfalto é muito bom. Mas não é o suficiente para quem tem alma
off-road. Não estou menosprezando as trilhas da selva de pedra, não me interpretem mal. Também gosto de estar on-road, sentir os pneus de uma moto deslizando sobre aquele vasto, áspero, duro e cinzento tapete que recobre o chão das estradas das cidades. Porém, cá entre nós, o meu fascínio pelo mundo das trilhas – de barro – já é antigo, apesar dos meus 19 anos de idade.
Você amigo leitor pode pensar ser uma grande pretensão minha me aventurar nesses terrenos, mas não se preocupe. Meu pai me ensinou e me ensina a tomar todos os cuidados do mundo e ainda me diz ser muito pouco. E ele tem razão. Quem sou eu para discutir. Mas passando pelas adversidades que tiver que passar, seja mau tempo, chuva, frio, dor, não importa. Parece que o amor do motociclista/motoqueiro pela moto, pela estrada e pelo guiar não diminui, pelo contrário: aumenta a cada pequena cicatriz, a cada arranhão.
Nem todo motociclista é trilheiro. Porém, todo trilheiro é motociclista - fato! Além das razões óbvias – a prática da trilha é uma categoria motociclistica – existe também um traço observável no cotidiano. O trilheiro geralmente tem sua moto para trilhar no dia-a-dia, no asfalto, seja para ir ao trabalho ou para estar ao trabalho, no caso dos que tiram da motocicleta o seu sustento.
Seja ela uma
utilitária, ou uma
motard, ou uma todo-terreno, não importa. Há sempre uma moto na vida do trilheiro, no asfalto ou na poeira, a qualquer hora. Mas eu não estou puxando sardinha: sei que todo motociclista apaixonado faz o possível para estar sempre sobre a sua paixão. É que é difícil não falar de mim mesma quando o assunto é motocicleta.