sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Aqui, na minha calçada!

Desde a criação deste blog, tenho notado a aparição de muitas máquinas aqui, na minha calçada ( ora, mais que bobagem,como se ele influenciasse em alguma coisa!). Aqui, seguem algumas maravilhas (= motos) que eu flagrei "descansando" praticamente na minha porta. Flagrantes muito felizes: uma belíssima Ténéré 600 cc (”babável”) , uma V-Max 1200 cc (linda), sem falar da KL - 650 cc de muito off-road. Relíquias muito bem conservadas por seus donos zelosos. Parabéns para eles!













quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Alguns talentos da terra - e da lama também

Higor Passos e Roger Hoffman

Higor Passos


Sandro Hoffman


Roger Hoffman


O cenário capixaba está repleto de talentos do mundo off-road. Dos trilheiros anônimos aos corredores profissionais de MotoCross, nosso estado está repleto de gente amante das trilhas e das pistas, curvas, “costelas”, morros, buracos, lama, enfim, tudo o que faz parte desse grande segmento do motociclismo, que a cada ano ganha mais fãs e adeptos.
Dentre os que correm profissionalmente, em pistas ou não-pistas, com motos preparadas e tudo mais, há alguns conterrâneos que se destacam inclusive a nível nacional. É o caso de Sandro Hoffman, grande nome nos enduros pelo Brasil a fora. O atleta é octacampeão capixaba e pentacampeão brasileiro. Destaque para o Enduro da Polenta, competição realizada todos os anos, desde 1989, no município de Venda Nova do Imigrante, terra de Sandro e região serrana do Espírito Santo. Detalhe: das 20 edições ocorridas até este ano, o piloto venceu oito (1997, 1999, 2000, 2001, 2004, 2005, 2006 e 2007) sendo o atleta que conquistou mais vezes o título desse enduro.
Temos também o Roger Hoffman, que apesar do sobrenome, não é parente do Sandro não! É um piloto jovem, grande talento do motocross capixaba. Em 2003, Roger foi Campeão Capixaba da Categoria Intermediária e vice-campeão da categoria 125cc. Em 2006, foi campeão antecipado nas categorias MX2 e MX1 (Força Livre). É de Guarapari e marca presença em diversas competições nacionais.
Outro atleta que está despontando é o capixaba de Cariacica Higor Passos. Esse garoto de 18 anos foi o grande vencedor do Campeonato Capixaba de Motocross desse ano nas categorias MX2 e MX1 (Força Livre).
É claro que nossa terra tem muitos outros talentos no mundo off-road. Em breve, marcarão presença por aqui, anônimos e não tão anônimos assim. Fui!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Patience...

Cair é muito comum. Quando bebês, aprendemos a andar caindo,levantando, chorando, levando pancadas e ralando o joelho. No mundo off - road não é diferente. Só se aprende as lições que se devem aprender caindo e levando alguns sustos. Às vezes, o susto é maior do que deveria ser, porque as faltas de experiência e orientação geralmente acompanham o baque. Aqueles que caem devido à prepotência de achar que já estão muito feras... Bem, aí já é outro caso.


Não é que a gente queira ou deva cair, mas devemos admitir a importância do tombo para o aprendizado. E devemos “saber cair”. Cair não é simplesmente se jogar. Cair é a nossa única alternativa quando a técnica escapa pelas mãos. Acontece! Principalmente e, sobretudo, quando se está “engatinhando”. Aliás, o termo é mesmo esse, engatinhar. Porque quem engatinha ainda não sabe tudo o que deveria saber, não tem a força e a resistência, o conhecimento que só vem com o tempo. E mesmo quando já se sabe andar, a queda vem, não só no motociclismo off – Road, nem só no motociclismo.

Cair é entender que por trás – por cima – da máquina existe um ser humano, que erra, cai, tem esse direito. No entanto, não esqueçamos que se a queda é inevitável, ao menos saibamos cair.

Confira esse belo tombo do Rick Carmichael, expoente do motocross e do supercross:

domingo, 16 de novembro de 2008

A Queda - Parte II

Dedico este post à minha segunda queda, desta vez na estrada da Cachoeirinha, aqui mesmo em Guarapari. Foi hoje pela manhã, por volta das 10 horas. A trilha estava bastante escorregadia, meio molhada. Muitas pedras, valetas enormes na terra, mas nenhum arranhão - em mim. Só algumas pancadas na perna do lado esquerdo, que foi o lado para o qual a moto - XR 200 cc - pendeu.

Detalhe: meu pai estava na garupa. São quase cem quilos. Ele também não se feriu.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Moto nas trilhas da vida

Estar no asfalto é muito bom. Mas não é o suficiente para quem tem alma off-road. Não estou menosprezando as trilhas da selva de pedra, não me interpretem mal. Também gosto de estar on-road, sentir os pneus de uma moto deslizando sobre aquele vasto, áspero, duro e cinzento tapete que recobre o chão das estradas das cidades. Porém, cá entre nós, o meu fascínio pelo mundo das trilhas – de barro – já é antigo, apesar dos meus 19 anos de idade.

Você amigo leitor pode pensar ser uma grande pretensão minha me aventurar nesses terrenos, mas não se preocupe. Meu pai me ensinou e me ensina a tomar todos os cuidados do mundo e ainda me diz ser muito pouco. E ele tem razão. Quem sou eu para discutir. Mas passando pelas adversidades que tiver que passar, seja mau tempo, chuva, frio, dor, não importa. Parece que o amor do motociclista/motoqueiro pela moto, pela estrada e pelo guiar não diminui, pelo contrário: aumenta a cada pequena cicatriz, a cada arranhão.

Nem todo motociclista é trilheiro. Porém, todo trilheiro é motociclista - fato! Além das razões óbvias – a prática da trilha é uma categoria motociclistica – existe também um traço observável no cotidiano. O trilheiro geralmente tem sua moto para trilhar no dia-a-dia, no asfalto, seja para ir ao trabalho ou para estar ao trabalho, no caso dos que tiram da motocicleta o seu sustento.

Seja ela uma utilitária, ou uma motard, ou uma todo-terreno, não importa. Há sempre uma moto na vida do trilheiro, no asfalto ou na poeira, a qualquer hora. Mas eu não estou puxando sardinha: sei que todo motociclista apaixonado faz o possível para estar sempre sobre a sua paixão. É que é difícil não falar de mim mesma quando o assunto é motocicleta.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Mulher ao Guidão!


É bonito, fala a verdade. Quando passa uma mulher num “motão” assim, bem pertinho de você, vai dizer que você não torce o pescoço para acompanhar? Na verdade, eu acho muito legal. E melhor ainda é quando a motociclista, ou motoqueira, como preferir, é consciente, prudente e se entende com a máquina. E aparições pictóricas como essa - graças a Deus, a algumas evoluções da nossa sociedade e à independência financeira da mulher - estão se tornando cada vez mais comuns.
Dia 27 de setembro, uma segunda-feira, fui almoçar com uma amiga em um conhecido restaurante da Rua da Lama, depois de uma manhã de palestras do Foco. Passando pela referida rua, a caminho de matar a fome, deparei-me com uma das maravilhas que meus olhos poderiam ver naquele dia. Digo deparei-me porque minha amiga não é o que poderíamos chamar de amante das duas rodas. Mas vamos ao que interessa.
Era linda. Toda prata. O escapamento, a tampa do tanque, o guidão, as manetes e demais parafernálias, tudo cromado. Yamaha. O ano, devia ser 2005 ou 2006. Meio dragster e meio custom. Era uma senhora Drag Star 650cc. No comando, uma mulher, visivelmente forte. Resumindo: foi uma cena adorável.
Senti-me extremamente feliz. Feliz por ver que há muitas mulheres compartilhando do mesmo gosto que eu, pelas motocicletas. Mulheres que sentem prazer em pilotar uma moto, em mostrar que também nos é possível sustentar uma máquina pesada e colocá-la em movimento, conduzindo com responsabilidade. E quando somos limitadas em tamanho e em força, não há porque sermos discriminadas pelo fato de sermos mulheres. Há muitos homens baixos ou franzinos que não conseguiriam equilibrar entre as pernas uma superbike, ou que não conseguiriam encostar os pés no chão se estivessem sobre uma enduro ou uma dual purpose, que são motos mais altas.
Não estou me vangloriando, nem sendo feminista, não me interpretem mal. Só quero expressar minha alegria pelas nossas conquistas de cada dia. Além do mais, preciso muito da opinião e da ajuda dos homens, principalmente a do meu pai – minha maior inspiração, trilheiro e motociclista muito experiente – e a do meu irmão – meu maior “consultor motociclístico” atualmente. Ora, nem estou reclamando das tantas vezes que andei na garupa, é muito legal. Só estou agradecendo por também poder, agora,estar ao guidão.

domingo, 2 de novembro de 2008

I Encontro de Trilheiros de Guarapari


O encontro aconteceu no dia 21 de setembro de 2008 e contou com a presença de trilheiros de vários municípios do estado. Alguns da região metropolitana, como Vitória, Vila Velha, Viana e Cariacica,, além de algumas cidades do Sul do estado, como Alfredo Chaves, Iconha, Cachoeiro do Itapemirim e Muniz Freire. A concentração foi na quadra de uma escola da Cidade Saúde.

Pela manhã do domingo ocorreram inscrições, um lanche bem reforçado, além de uma benção especial para os trilheiros, que logo depois seguiram para o distrito de São Miguel, interior do município, onde puderam desfrutar de uma bela trilha, guiados pelos anfitriões do Trail Clube de Guarapari.

De volta para a cidade, aconteceu um almoço, regado a muitas brincadeiras, música e distribuição de brindes. Independentes ou em trail clubes organizados, a marca registrada dos adeptos dessa tribo off-road é a irreverência, a alegria e muito, mas muito barulho. Confira algumas fotos do evento.